Trajetória de Vida

01. Infância e Juventude

Juscelino Kubitschek de Oliveira nasceu em Diamantina (MG) no dia 12 de setembro de 1902, filho de João César de Oliveira e de Júlia Kubitschek. Seu pai, após experimentar o garimpo, foi delegado de polícia e fiscal de rendas do município, e principalmente caixeiro-viajante. Sua mãe, professora primária desde 1898, lecionava no distrito de Palha, o que a obrigava a percorrer diariamente longa distância a pé. Um tio-avô, João Nepomuceno Kubitschek, foi senador constituinte estadual em 1891 e vice-presidente de Minas de 1894 a 1898, no governo de Crispim Jacques Bias Fortes.

02. No Exercício da Medicina

Em meados de 1921, Juscelino decidiu ingressar em um curso preparatório para o exame vestibular. Data dessa época o início de sua amizade com Júlio Soares, então estudante de medicina, que mais tarde se casaria com sua irmã Naná e exerceria grande influência em sua vida.

Aprovado no vestibular, Juscelino matriculou-se, em janeiro de 1922, na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte. Durante os seis anos de curso, manteve o emprego de telegrafista-auxiliar. Um de seus colegas de repartição era José Maria Alkmin, com quem estabeleceu amizade.

03. O Ingresso na Política

Com o falecimento de Olegário Maciel em 5 de setembro de 1933, agitou-se o cenário político mineiro para a escolha de seu sucessor no governo de Minas. Os principais concorrentes eram Gustavo Capanema, que assumiu interinamente o cargo, e Virgílio de Melo Franco. No entanto, em 12 de dezembro, o presidente Getúlio Vargas deu uma solução inesperada ao caso, nomeando Benedito Valadares interventor federal. Este, ao tomar posse no dia seguinte, convidou Juscelino Kubitschek para ser o chefe de seu Gabinete Civil.

04. Deputado Federal (1935 - 1937)

Juscelino Kubitschek tomou posse como deputado federal em maio de 1935. Licenciou-se do Hospital Militar e da Santa Casa de Misericórdia em Belo Horizonte e transferiu-se para o Rio de Janeiro, então capital da República.

05. Entre a Medicina e a Política

No dia 10 de novembro de 1937, Juscelino reassumiu as funções de chefe do Serviço de Urologia do Hospital Militar em Belo Horizonte. Segundo declarações posteriores, as divergências que tivera com Benedito Valadares sobre o movimento que instituiu o Estado Novo não haviam sido de caráter pessoal, mas de natureza política. Conservando a chefia política de Diamantina, Juscelino agia assim junto ao interventor para conseguir verbas extras para o município.

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