Juscelino Kubitschek

Histórico do Fundo: 

O material que compõe o conjunto documental Juscelino Kubitschek não pode ser considerado o seu arquivo privado pessoal, propriamente dito. Trata-se de uma coleção composta tanto por documentos que pertenceram ao ex-presidente, ou seja, que integravam seu arquivo privado, quanto por documentos a seu respeito, acumulados por terceiros. Segundo relatos de pessoas ligadas ao Memorial JK, quando a instituição foi criada, em 1981, promoveu-se uma grande campanha visando ao recolhimento de documentos referentes ao ex-presidente, uma vez constatada a dispersão e perda de seu arquivo. Todo esse acervo, estimado em 17 metros lineares de documentos textuais e aproximadamente 13.000 fotografias, encontrava-se em organização pela Coordenadoria Regional do Arquivo Nacional, em Brasília, quando da realização deste Guia (novembro de 2002).

Com relação ao desaparecimento do arquivo pessoal de Juscelino, segundo o cel. Afonso Heliodoro dos Santos, amigo e colaborador próximo de JK, os documentos teriam sido retirados por militares do escritório carioca que servia de sede ao Comitê JK - 65, após o golpe de 1964. Corroborando essa versão, existe no acervo CPDOC um documento em que Gustavo Capanema relata uma conversa que teria tido com  o presidente JK a respeito desse assunto. Segundo Capanema, o presidente lhe afirmara que havia doado seu arquivo ao Museu da República, no Rio de Janeiro, mas que, após o golpe de 1964, os militares teriam apreendido as quase quatro toneladas de documentos que o integravam (arq. GC dp dossiê diários, doc. datado de 21/04/1975).

Com relação aos documentos localizados na coleção Presidentes da República, do Museu da República, e no Museu Histórico Nacional, não nos é possível afirmar se pertenceram ao presidente ou se se trata de coleção  constituída por doações avulsas. Os documentos referem-se ao período em que JK exerceu a presidência da República.

Depositário: