Osvaldo Maia Penido

  • Juscelino Kubitsheck condecora Osvaldo Maia durante festividades da Semana da Asa. Brasília, 24 de outubro de 1960. Arquivo Público do Estado de São Paulo/Última Hora.

Osvaldo Maia Penido nasceu na cidade do Rio de Janeiro no dia 7 de abril de 1908, filho do almirante José Maria Penido e de Elvira do Couto Maia Penido.

Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro em 1930 e trabalhou no contencioso da Light, sob a orientação de Prudente de Morais Filho, até 1934, quando foi nomeado promotor de justiça da comarca de Bambuí (MG). Serviu posteriormente nas comarcas de Serro e Sete Lagoas e nessa ocasião foi apresentado por seu primo, Fábio Andrada, a Juscelino Kubitschek, então prefeito de Diamantina, que o convidou a transferir-se para a comarca daquele município. Iniciava-se, assim, uma duradoura relação de amizade e de trabalho.

Em 1941 foi transferido para a 3ª Vara da Comarca de Belo Horizonte, da qual se exonerou em 1950. Nesse mesmo ano ingressou no contencioso do Banco do Brasil. Em 1951 foi requisitado pelo ministro da Justiça, Francisco Negrão de Lima, para ser assessor de seu gabinete. Permaneceu nesse cargo mesmo após a substituição de Negrão por Tancredo Neves, e deixou-o apenas em 1953, quando foi nomeado pelo presidente Getúlio Vargas para integrar a missão brasileira que foi à Bolívia negociar o acordo do petróleo.

Em 1954 foi novamente requisitado ao Banco do Brasil para chefiar o gabinete do ministro Lucas Lopes, nomeado ministro da Viação e Obras Públicas pelo presidente João Café Filho (1954-1955). Exonerou-se do ministério em janeiro de 1955. De volta ao Banco do Brasil, em novembro do mesmo ano foi nomeado chefe de gabinete do senador Francisco Meneses Pimentel, ministro da Justiça e Negócios Interiores no governo do presidente Nereu Ramos (1955-1956).

Em janeiro de 1956 foi designado por José Carlos de Macedo Soares, ministro das Relações Exteriores, para acompanhar o presidente eleito Juscelino Kubitschek na viagem que este empreendeu ao exterior. Durante essa missão, visitou os Estados Unidos e diversos países europeus.

Em 1º de fevereiro de 1956 foi nomeado por Juscelino primeiro subchefe do Gabinete Civil da Presidência, cujo titular era José Sete Câmara. Em 1958, no exercício dessa função, foi designado secretário da comissão geral encarregada da mudança dos três poderes da República para a nova capital, Brasília. No final de abril de 1960 foi nomeado chefe do Gabinete Civil. Exonerou-se em 31 de janeiro de 1961, ao final do governo Juscelino, quando substituído por Francisco Quintanilha Ribeiro, indicado pelo novo presidente Jânio Quadros.

A seguir, passou a exercer efetivamente a função de oficial titular do 5º Ofício de Registro de Imóveis do Rio de Janeiro, cargo para o qual fora nomeado em março de 1956, e que exerceu até sua aposentadoria compulsória em abril de 1979.

Casou-se com Rute Valder Penido. Faleceu no Rio de Janeiro em 24 de março de 1989.