Fundos

Francisco de Assis Barbosa

O arquivo de Francisco de Assis Barbosa foi doado pela viúva do titular, após sua morte, em 1992, a seu amigo José Mindlin. O empresário José Mindlin possui um valioso acervo documental sobre cultura brasileira que inclui seu próprio arquivo, o de Assis Barbosa e o de João Etiene Filho, além de uma biblioteca, uma coleção de gravuras e objetos de arte popular. Tudo isso integrará o acervo da futura Fundação Guita e José Mindlin, que deverá funcionar dentro do terreno da Universidade de São Paulo.

Henrique Teixeira Lott

As fotos que pertenceram ao general Henrique Teixeira Lott foram doadas pelo titular ao CPDOC em 1983. Nessa ocasião, ao ser perguntado por pesquisadores do Centro se não gostaria de doar seu arquivo privado ao CPDOC, o general Lott respondeu que não tinha como prática conservar consigo papéis referentes às atividades públicas exercidas; quanto aos documentos da esfera privada, na sua opinião, não interessariam à história do Brasil.

Horácio Lafer

Os documentos do arquivo privado de Horácio Lafer encontram-se em poder de Celso Lafer, seu sobrinho, e integram o conjunto de documentos produzidos e/ou acumulados por este como resultado de suas pesquisas acadêmicas sobre a figura de Horácio Lafer para a elaboração da obra biográfica  "Perfil Parlamentar", editada pela Câmara dos Deputados. Desta forma, torna-se difícil definir com precisão quais documentos originalmente integraram o arquivo Horácio Lafer e quais foram incorporados como resultado de pesquisas e coletas realizadas por terceiros. Em geral, trata-se de reproduções de documentos textuais, de publicações e de fotografias que de alguma forma dizem respeito ao ex-ministro, obtidas em instituições, tais como a Câmara dos Deputados, a Fundação Casa Rui, a Fundação Getulio Vargas, o Senado Federal e diversas agências jornalísticas. No caso das fotografias existem várias cópias de uma mesma reprodução.

Israel Pinheiro

O arquivo Israel Pinheiro pertence ao Museu Israel Pinheiro, instituição criada no final da década de 1990 e hoje vinculada à Fundação Israel Pinheiro, criada em 1994 Segundo informações obtidas junto ao Museu Mineiro, localizado em Belo Horizonte, o arquivo Israel Pinheiro começou a ser organizado em meados da década de 1980, sob a responsabilidade da Superintendência de Museus/Biblioteca da Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais. Passada uma década desde o início dos trabalhos de organização, por razões diversas, como descontinuidade administrativa e insuficiência de recursos financeiros, o trabalho ainda não havia sido concluído. Todavia, quando da transferência do acervo para o então criado Museu Israel Pinheiro, o Museu  Mineiro já dispunha de instrumentos de busca para o conjunto dos documentos textuais. Atualmente, o Museu Israel Pinheiro não dispõe mais desses instrumentos, e a ordenação dos documentos não reflete a organização expressa nos citados instrumentos de busca disponíveis no Museu Mineiro. Não se pode afirmar com precisão se o volume de documentos hoje existente é o mesmo volume de documentos que foi organizado no passado. As fotografias nunca sofreram nenhum tipo de organização e encontram-se guardadas em caixas de papelão e gavetas do mobiliário do Museu. As de grande porte encontram-se guardadas em uma das mapotecas existentes. Segundo  Fábio João Pinheiro, neto de Israel Pinheiro e superintendente executivo da Fundação Israel Pinheiro, existem ainda documentos em poder de membros da família.

João Goulart

Com o exílio do ex-presidente João Goulart, seu arquivo pessoal foi disperso entre alguns antigos colaboradores, entre os quais Hugo de Faria e Raul Ryff.

Em 1989, durante a preparação do Guia de Acervos Privados dos Presidentes da República, o Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil - CPDOC, da Fundação Getulio Vargas, entrou em contato com Raul Ryff, com os filhos do ex-presidente João Goulart, e com o Prof. Luiz Alberto Muniz Bandeira, que havia recebido por intermédio de Hugo de Farias parte da documentação para elaboração de seu livro O governo Goulart.

Os documentos que se encontravam sob a guarda de Raul Ryff foram doados ao CPDOC, após a sua morte, por sua esposa, Beatriz Ryff, em junho de 1990. Esses documentos estão organizados e foram recentemente liberados à consulta. A parcela do arquivo que se encontrava com Denise Goulart, constituída basicamente de fotografias e recortes de jornais, irá integrar o acervo do futuro Centro de Memória, sob a responsabilidade do Centro de Estudos Sociais Presidente João Goulart - CEJAN. Finalmente, os documentos que ficaram com o Prof. Muniz Bandeira e que continuam sob sua guarda, na Alemanha, serão entregues ao Arquivo Nacional, conforme acordo feito entre Denise Goulart e a direção do Arquivo, onde já se encontram fotografias, diplomas e recortes de jornais doados por Maria Teresa, viúva do ex-presidente, em abril de 2002.

Comenta-se ainda sobre a existência de um baú, contendo documentos, sobretudo relativos às propriedades do titular. Esse baú teria sido visto por Muniz Bandeira durante uma visita ao ex-presidente Goulart, em uma de suas fazendas no Uruguai. Segundo João Vicente, filho do ex-presidente, esse baú teria desaparecido.

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