Golpe de 1964

  • Antônio Carlos Muricy (3°, da esq.), entre outros, comanda o destacamento Tiradentes por ocasião do golpe militar. S.I., 31 de março de 1964. FGV/CPDOC, Arq. Antônio Carlos Muricy.
  • Tropas nas proximidades do palácio Laranjeiras, residência presidencial, durante o golpe de 31 de março de 1964. Rio de Janeiro. Revista Manchete.

Movimento político-militar deflagrado em 31 de março de 1964 que resultou na deposição do presidente João Goulart e em sua substituição por uma junta militar, formada pelo general Artur da Costa e Silva, o almirante Augusto Rademaker e o brigadeiro Francisco Correia de Melo, que governou o país até a posse do general Humberto Castelo Branco no dia 15 de abril. Além de Costa e Silva e Castelo Branco, o movimento foi liderado pelos generais Olímpio Mourão Filho e pelo marechal Odylio Denys. Entre os líderes civis, destacaram-se os governadores José de Magalhães Pinto e Carlos Lacerda. O golpe foi também apoiado por lideranças da União Democrática Nacional (UDN) e do Partido Social Democrático (PSD) e por segmentos do empresariado, da Igreja Católica e de organizações da sociedade civil.

O regime militar que sucedeu ao golpe foi marcado pelo fechamento político e institucional do país e durou cerca de 20 anos. Entre as medidas adotadas no período destacam-se a supressão de direitos constitucionais e políticos, a cassação de mandatos e a censura aos meios de comunicação. O combate à oposição foi incluiu inúmeros casos de prisões, torturas e mortes. Assistiu-se também no período à instauração do bipartidarismo, que vigorou de 1965 a 1979.

Durante a vigência do regime militar, passaram pela presidência da República os generais Humberto Castelo Branco (1964-1967), Artur da Costa e Silva (1967-1969), Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), Ernesto Geisel (1974-1979) e João Batista Figueiredo (1979-1985). O regime militar chegou ao fim no dia 15 de março de 1985, com a posse na presidência de José Sarney.