José Maria Alkmin

A documentação textual do arquivo abrange toda a trajetória pública do titular, da Secretaria de Interior e Justiça de Minas Gerais (1936 -1939) a deputado federal na década de 1970. O arquivo tem uma imensa correspondência, com várias classificações: a correspondência particular, bem como a correspondência política da década de 1930, está ordenada alfabeticamente; já a correspondência do período em que acumulou o exercício dos cargos de secretário de Finanças do estado e de diretor da Carteira de Redesconto do Banco do Brasil (1951-1955), está organizada por município. Há também correspondência com pessoas jurídicas, do período da Secretaria do Interior (ordem alfabética); com deputados federais, enquanto ministro da Fazenda (ordem alfabética); e com deputados estaduais, durante o período em que esteve à frente da Secretaria de Educação do governo Israel Pinheiro (ordem alfabética). O arquivo possui documentos sobre as campanhas eleitorais de 1954, 1958 e 1960, bem como resultados eleitorais de 1954 e de 1962. Contém, também, registros sobre diversos temas ou instituições, tais como: Tesouro Nacional, Institutos de Previdência; Departamento Nacional de Estradas e Rodagem (DNER); Câmara dos Deputados; Congresso Nacional; energia elétrica; reforma bancária; Santa Casa da Misericórdia; Jóquei Clube e Penitenciária Agrícola de Neves, da qual foi diretor entre 1939 e 1942.

Existe no arquivo uma vasta documentação do período em que José Maria Alkmin exerceu o cargo de ministro da Fazenda do governo JK (1956-1958), incluindo: correspondência oficial do ministro com o  presidente da República; aproximadamente quatro mil exposições de motivo (encadernadas); 10 mil telegramas do ministro (estimativa) com autoridades públicas e órgãos da imprensa; Relatório Geral da União; notas à imprensa, concedidas pelo ministro; palestras e conferências proferidas sobre temas relacionados à economia; documentos sobre temas como investimentos industriais, siderurgia, política cambial, política alfandegária, negociações com o FMI e agricultura, com ênfase na produção e comércio do café; além de correspondência com os deputados federais referente a pedidos de nomeações, liberação de verbas para municípios, remoção de funcionários, promoções etc. Há também uma correspondência do titular com Juscelino Kubitschek, durante o período em que este último esteve exilado em Paris, sobre a solidão do exílio e sobre sua postura de não se pronunciar politicamente em relação às questões da política interna brasileira.

A documentação fotográfica do arquivo inclui 10 álbuns, perfazendo um total de 300 fotos, e aproximadamente 1.200 fotos avulsas referentes a eventos diversos, homenagens prestadas ao titular e solenidades a que compareceu ao longo de sua vida pública, com destaque para o período em que ocupou a vice-presidência da República, de 1964 a 1967 (2 álbuns), e a Secretaria de Finanças do governo JK em Minas Gerais, de 1950 a 1954 (2 álbuns).

Entre os 10 álbuns de fotografias, quatro são relativos ao período em que José Maria Alkmin exerceu o cargo de ministro da Fazenda do governo JK e registram: a visita de JK à Associação Comercial de Santos; a comemoração dos 130 anos da Caixa de Amortização do Banco do Brasil (1957); evento não identificado, com a presença de JK e de João Goulart; finalmente, a homenagem prestada pelo governo da Bahia ao ministro Alkmin.