Carlos Cirilo Júnior

  • Carlos Cirilo Júnior (2° da esq.), Ulisses Guimarães (4°) e Horácio Lafer (7°) entre outros. S.I., década de 1950. FGV/CPDOC, Arq. Ulisses Guimarães.

Carlos Cirilo Júnior nasceu em Curitiba (PR) no dia 25 de dezembro de 1886, filho de Carlos Cirilo e de Maria da Graça Cirilo. Bacharelou-se em direito e especializou-se em direito criminal, comercial e civil.

De 1912 a 1929 ocupou várias vezes a cadeira de deputado na Assembléia Legislativa de São Paulo. Em 1930, elegeu-se deputado federal por São Paulo e exerceu o mandato de maio a outubro. Em janeiro de 1932 foi um dos signatários do manifesto do Partido Republicano Paulista (PRP), que acusava o governo Vargas de ditatorial. Colaborou com a organização da Revolução Constitucionalista, que foi deflagrada no mês de julho e foi derrotada militarmente em outubro, e em função disso foi levado preso para o Rio de Janeiro e em seguida deportado para Lisboa.

De volta ao Brasil elegeu-se, em 1934, deputado à Assembléia Constituinte paulista na legenda do PRP. Participou dos trabalhos constituintes e, com a promulgação da nova Carta estadual, passou a exercer mandato legislativo ordinário. Foi líder da oposição até 1937, quando os órgãos legislativos foram fechados com a instauração do Estado Novo. Voltou então à advocacia, mas em 1939 tornou-se membro do Conselho Administrativo do Estado de São Paulo.

Em 1945 filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD) e em 2 de dezembro elegeu-se deputado por São Paulo à Assembléia Nacional Constituinte. Empossado em fevereiro de 1946, participou dos trabalhos como líder da bancada paulista do PSD e como relator-geral do projeto da Constituição. Com a promulgação da nova Carta em 18 de setembro de 1946, passou a exercer mandato ordinário.

Em novembro de 1947, quando se realizaram eleições em São Paulo para o recém-criado cargo de vice-governador, candidatou-se pelo PSD com o apoio de Getúlio Vargas e de Luís Carlos Prestes, mas foi derrotado por Luís Novelli Júnior.

Em 1949, Cirilo Júnior foi eleito presidente da Câmara dos Deputados, posto que ocuparia até o final da legislatura. Ainda nesse ano assumiu a presidência do PSD em substituição a Nereu Ramos. Nas eleições de outubro de 1950, concorreu à reeleição para a Câmara e obteve a primeira suplência. Voltou a exercer o mandato de agosto de 1952 a dezembro de 1953, e de janeiro a dezembro de 1954.

Em julho de 1958, foi nomeado pelo presidente Juscelino Kubitschek ministro da Justiça e Negócios Interiores, substituindo Eurico Sales. Permaneceu na pasta até julho de 1959, quando foi substituído por Armando Falcão.

Cirilo Júnior foi embaixador do Brasil na Bélgica de 1960 a 1963. Foi ainda professor de direito civil, comercial e criminal na Faculdade de Direito de São Paulo e membro do Instituto da Ordem dos Advogados do Brasil.

Faleceu em São Paulo no dia 31 de maio de 1965.