Armindo Doutel de Andrade

Armindo Marcílio Doutel de Andrade nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no dia 17 de novembro de 1920, filho de Armindo Augusto Doutel de Andrade e de Cândida Margarida Fernandes Doutel de Andrade. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito de Niterói e, ainda universitário, iniciou-se no jornalismo. Trabalhou, entre outros, nos jornais O Globo, Diretrizes, Diário da Noite e O Jornal.

Filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em 1951 foi nomeado advogado do Banco do Brasil pelo presidente Getúlio Vargas. Em 1955, assumiu a secretária-geral do partido.
Em outubro de 1958 elegeu-se deputado federal por Santa Catarina e dois anos depois vice-governador do estado na chapa encabeçada por Celso Ramos. Reeleito deputado federal em 1962, integrou na Câmara a Frente Parlamentar Nacionalista (FPN) e foi líder da bancada petebista. Em janeiro de 1966 concluiu o mandato de vice-governador, que vinha acumulando com o de deputado federal, e em abril, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

A partir de setembro de 1966, empenhou-se na articulação da Frente Ampla, atuando como intermediário entre o ex-presidente João Goulart e Carlos Lacerda.

Por ter sido um dos principais articuladores da Frente Ampla, a chamada "linha dura" das forças armadas pediu sua inclusão na Lei de Segurança Nacional (LSN). Com o Congresso Nacional em recesso, no dia 12 de outubro de 1966, juntamente com cinco outros deputados federais, teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos por força do Ato Institucional nº 2 (AI-2). Pouco depois de sua cassação, foi indiciado no Inquérito Policial-Militar (IPM) que investigava as atividades do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e permaneceu detido por alguns dias para prestar depoimento às autoridades.

Após a decretação da anistia em 1979, foi reintegrado aos quadros do Banco do Brasil. Dois anos depois, ajudou a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT) e assumiu o cargo de vice-presidente nacional da agremiação. Ocupou a presidência do partido entre 1983 e 1987 e em 1989.

Em novembro de 1986, obteve apenas uma suplência na eleição para a Assembléia Nacional Constituinte. Assumiu uma cadeira na Câmara em janeiro de 1989 e tornou-se, então, líder da bancada pedetista.

Casou-se com Lígia Moelmann Doutel de Andrade.  Faleceu no Rio de Janeiro em 7 de janeiro de 1991, alguns dias antes de encerrar seu mandato na Câmara dos Deputados.