Revolução Constitucionalista de 1932
Movimento armado de caráter liberal iniciado em São Paulo no dia 9 de julho de 1932 contra o Governo Provisório de Getúlio Vargas. Tinha por objetivo promover a imediata reconstitucionalização do país e suspender a intervenção federal nos estados. Foi antecedido pela formação da Frente Única Paulista (FUP), que reuniu os setores oligárquicos ligados ao Partido Republicano Paulista (PRP) e ao Partido Democrático (PD). Na linha de frente das forças rebeldes estavam remanescentes da Revolução de 1930, como Bertoldo Klinger e Euclides Figueiredo, e mesmo o antigo líder do levante de 1924, Isidoro Dias Lopes. A revolução teve apoio de amplos setores da sociedade paulista. Pegaram em armas intelectuais, industriais, estudantes e outros segmentos das camadas médias e políticos ligados à República Velha.
A luta armada dos constitucionalistas ficou restrita ao estado de São Paulo. Os governos do Rio Grande do Sul e Minas Gerais, que a princípio viam com bom olhos a campanha pela constitucionalização, resolveram não enfrentar a força militar do governo federal. Isolados, os paulistas não tiveram condições de manter por muito tempo o levante e assinaram sua rendição no dia 3 de outubro de 1932.