Euvaldo Lodi

  • Euvaldo Lodi (à direita) e Oswaldo Aranha no Jóquei Clube do Rio de Janeiro. Fevereiro de 1945. FGV/CPDOC, Arq. Oswaldo Aranha.

Euvaldo Lodi nasceu em Ouro Preto, então capital de Minas Gerais, no dia 9 de março de 1896, filho de Luís Lodi e de Anunciata Lodi.

Engenheiro, formou-se pela Escola de Minas e Metalurgia de Ouro Preto em 1920. Em 1923, passou a integrar a Comissão Nacional de Siderurgia. Ainda durante a década de 20, assumiu a presidência do Centro Industrial de Juiz de Fora (MG).

Em 1930, deu apoio ao movimento armado que depôs Washington Luís e levou Getúlio Vargas à presidência da República. Em seguida, filiou-se ao Clube 3 de Outubro, organização política criada com o objetivo de apoiar o aprofundamento das reformas introduzidas pelo novo regime. Ainda nos primeiros anos do governo Vargas, foi designado membro de uma comissão formada pelo Centro Industrial do Brasil (CIB), com o objetivo de sistematizar as opiniões daquela entidade acerca das grandes questões que afetavam o setor industrial.

Membro do conselho diretor da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJ) entre 1931 e 1936, participou intensamente, nesse período, da montagem de entidades sindicais representativas do patronato industrial. Entre 1933 e 1934, participou dos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte (ANC) como deputado classista eleito pelo empresariado industrial. Em outubro de 1934, renovou seu mandato de representante classista, participando da legislatura iniciada em maio do ano seguinte. Ainda em 1934, foi nomeado por Vargas membro do Conselho Federal de Comércio Exterior (CFCE). Nos anos que se seguiram, exerceria grande influência nos conselhos técnico-consultivos criados pelo governo federal, principal canal de viabilização das reivindicações dos industriais.

Durante a vigência do Estado Novo, assumiu a presidência de importantes entidades ligadas ao empresariado industrial. Como dirigente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), presidiu o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), criado em 1942. Integrou também o Conselho Consultivo da Coordenação de Mobilização Econômica, órgão criado pelo governo federal em virtude do envolvimento do Brasil na Segunda Guerra Mundial e que concentrou grandes poderes durante o período em que existiu. Em 1944, junto com João Daudt de Oliveira, chefiou a delegação brasileira enviada à Conferência de Bretton Woods, nos EUA, que criou o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BIRD). Em 1946, foi um dos fundadores do Serviço Social da Indústria (SESI), entidade da qual foi diretor-geral.

Em 1947, elegeu-se deputado federal por Minas Gerais na legenda do Partido Social Democrático (PSD). Reeleito por duas vezes, permaneceu na Câmara Federal até 1956.

Casou-se com Alvarina Castro de Oliveira Lodi. No dia 19 de janeiro de 1956, em pleno exercício do mandato de deputado, faleceu em acidente automobilístico entre Jundiaí (SP) e São Paulo.