Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE)

  • Juscelino Kubitsheck com o presidente do BNDE, Lúcio Meira, em visita às obras de Furnas. Minas Gerais, 17 de outubro de 1959. Arquivo Nacional.
  • José Maria Alkmin (3° sentado da esq.) e Lucas Lopes (5°), entre outros, por ocasião da assinatura de acordo com o BNDE. S.I., s.d. Arquivo Público do Estado de São Paulo/Última Hora.

O atual Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), assim chamado desde 1982, é uma empresa pública federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Foi criado em 20 de junho de 1952, pela Lei nº 1.628, e teve como antecedente direta a Comissão Mista Brasil-Estados Unidos, cujos estudos serviram para a elaboração de um programa de reaparelhamento e expansão dos serviços de infra-estrutura do país, em especial os de transporte e de energia elétrica. Seu primeiro presidente foi Ari Torres, ex-presidente da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos.
Em seus primeiros tempos, o BNDE atuou em dois sentidos principais: primeiro, dando apoio financeiro a projetos e programas de investimentos essenciais à expansão e à modernização da economia brasileira; segundo, promovendo o aperfeiçoamento e a difusão de técnicas e metodologias de elaboração e análise de projetos de investimento. Foi, assim, responsável pelo primeiro diagnóstico da economia brasileira, que serviu de base para um ensaio de programação do seu desenvolvimento. Esse trabalho, realizado em conjunto com Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) entre os anos de 1953 e 1955, constituiu importante subsídio ao Plano de Metas do governo Juscelino Kubitschek.  
O BNDE teve grande participação no financiamento dos programas de eletrificação desenvolvidos por Kubitschek quando governador de Minas Gerais. Quando de sua gestão na presidência, o banco coordenou os investimentos do setor público, assumindo lugar de destaque no Conselho do Desenvolvimento. A partir de então, tornou-se de fato uma instituição de fomento aos setores de energia elétrica e de siderurgia, sem deixar de funcionar como grande banco de desenvolvimento industrial.
No governo JK, o BNDE foi presidido sucessivamente por Lucas Lopes, Roberto Campos, Lúcio Meira e Tancredo Neves.